quarta-feira, 23 de abril de 2008

Puxadinho na ortografia

__Nunca escrevi sobre a polêmica reforma ortográfica e vou dizer por quê.

__PQPoQ?

__Por que por quê e o porquê de não por que? Porque no quê eu ponho acento se for a sílaba mais forte da frase e ponto. Fui pela sonoridade e quis acentuar o ezinho. Mas a gramática vai me condenar? Que condene. Esta é minha regrinha e os revisores não compreendem. Deixa, deixa...

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A gramática é contraditória. Serve para medir o grau de alfabetismo de alguém pela escrita, mas grandes escritores, os mais criativos pelo menos, não dão ouvidos. Gramática é para alunos aprenderem as leis; mas quem quiser, que burle conforme a dança.


__Blablatório

__Gramática, norma culta ou seja lá sua razão social vale como padrão para evitar os tão rotineiros desencontros dos analfabetos da comunicação acelerada. Mas acredito que em meio século muito do que se discute hoje nem existirá mais, assim como aconteceu com o phyno escrevêr de antigamente.

__Por exemplo o marketing, que nas mansões é um estudo fascinante para se encontrar [preencha aqui o seu blá-blá-blá] para o consumidor. Já para a base do Senso, é censo comum que se entenda o termo como "falar bem" ou até mesmo "falar mal". Por isso não devemos cair na dos vendedores: pode ser puro marketing.


__Concerto no conserto: música clássica para mecânicos ou reforma no auditório?

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O debate da ortografia se restringe aos oculorizados das cadeiras, já que existe uma apologia ao erro entre os verdadeiros ignorantes — que, segundo o poeta Mário Quintana, são aqueles que sabem ler e não lêem/leem. Tem até quem expresse a emoção aumentando o número de exclamações!! Acredite!!!

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E se a língua é tão volátil, voltamos ao início: vale a pena reformar a ortografia? Na minha opinião, é trampatoa. Pelo sim e pelo não, deixemos as palavras tomar o rumo de quem as usa, pois se presidentes decidissem pelos auto-falantes até a nossa linguagem, ou falá-la-íamos com precisão ou o ésse fumiria do mapa.


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Assento gráfico: clique aqui para ver a solução às cagadas da comunicação.

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Para as regras, passe as réguas. Não gosto de entrar no mérito do preciosismo acadêmico. As regras dos acentos são com as regras dos assentos: melhor deixar para os velhos.

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Com o acordo ortográfico a ser instaurado até a glorinhosa Copa de 2014, algumas confusões serão amenizadas; outras, porém, acentuadas. E as aulas de Língua Portuguesa continuarão como plantões de gramatiquês.

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Pelo desfecho é melhor esperar em pé.
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