sábado, 16 de fevereiro de 2008

Caprichos e necessidades

Li um artigo do Observatório da Imprensa, A agência de publicidade e a crise ética, de Celso Jupiassu, que abrevia os rumos que a propaganda tomou no Brasil — propaganda no sentido agência = negócio lucrativo.

__Em resumo. Antes, agência é antro criativo. Meio, profissionais de finanças descobriram a lucratividade do negócio, investiram. Hoje, a criatividade é apenas um dos porquês que mantém a agência.

__Clixeirização da criatividade? Migração para mídias menos abertas e mais lucrativas? Entrada de grandes grupos no mercado? Não sou analista, nem quero, e por isso não vou palpitar.

__Artigo interessante para quem é do meio. E há um toque para quem gosta de mídia. (Leiam.)

__Fiquei mais preso ao parágrafo inicial:

__A história da empresa, a partir do século 19, começa pelo reinado do produto. Todos os esforços estavam voltados para a engenharia, a qualidade e a durabilidade do que se produzia. Depois veio a fase das vendas, massificando-se a distribuição na busca de aumentar o volume de negócios, crescer e conquistar mercados, até chegar à era do marketing e da segmentação dos mercados, voltada para o consumidor e os seus caprichos. Logo em seguida veio a revolução comandada pela globalização, no impulso da era tecnológica e do enorme desenvolvimento das comunicações.


__"Voltada para o consumidor e seus caprichos."

__Desde a faculdade, nunca ninguém exprimiu melhor: caprichos. Vontade de parecer ser. Vontade de inclusão. Na faculdade, chamávamos conhecer os caprichos por identificar novas necessidades. Com qual versão você fica?
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