De novo a Amazônia internacionalizada
Absurdo! Estudante reacionário, anti-capetalismo, bofes ao governo e cursinho patrocinado, ao receber o e-mail do tal livro de Geografia que dizia aos estudantes estadunidenses que a Amazônia é território internacional, encaminhou para todos os seus amigos; e se enfureceu por exatos quinze minutos hoje, mais vinte amanhã.
Auê gratuito na virada do milênio (às vezes este fantasma da internet revive), tal farsa esboça tornar-se realidade. Um aviso ao estudante, para que o absurdo caia por Serras abaixo:
Madêeeeeera!
O jornal observa que o argumento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que “se isolar a maior floresta do planeta do contato humano é uma utopia, pelo menos que aqueles que a exploram o façam de forma sustentável”.
Sustentável, no termo vamo-aproveitar-a-onda-de-bonzinhos, significa explorar o limite, o máximo que puder sem contudo parecer (perecer?) incorreto, pois, afinal, deve-se ajudar a sociedade! Seja lá no que for, e ainda que tal ajuda possa ser incentivada tão somente por abatimento de impostos.
E dá-lhe campanha institucional e relações públicas.
Interesses nessa jogada todos têm. É inegável que a Amazônia é uma mina de ouro para as escusas farmacêuticas, que tem papel pra limpar até o tubo dos escusões políticos, e tem madeira até para caso o degelo se torne dilúvio e Noé construa uma arca para comportar, em classe premium, luxo ou presidencial, todos os humanos — e deixar os casais de espécies na floresta. Tudo isso é inegável, inescuso, deu na TV.
Que o Brasil é incompetente para gerir o que é "dele", também sempre dá na TV. Então que diferença faz Amazônia minha, dele ou nossa? Se o fim é o mesmo, se apenas ganho um nacionalismo tosco, e se quem ganha algo de bom já mexeu suas madeirinhas, digo, seus pauzinhos para garantir a safra de amanhã, e se mesmo se "não ganha mas deve pensar no mundo", tudo é utopia perante o papão da ganância?
Há como impedir tal economia? Vale a pena cordas vocais por isso?
Quem ama, zonia.
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Auê gratuito na virada do milênio (às vezes este fantasma da internet revive), tal farsa esboça tornar-se realidade. Um aviso ao estudante, para que o absurdo caia por Serras abaixo:
Madêeeeeera!
O jornal observa que o argumento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que “se isolar a maior floresta do planeta do contato humano é uma utopia, pelo menos que aqueles que a exploram o façam de forma sustentável”.
Sustentável, no termo vamo-aproveitar-a-onda-de-bonzinhos, significa explorar o limite, o máximo que puder sem contudo parecer (perecer?) incorreto, pois, afinal, deve-se ajudar a sociedade! Seja lá no que for, e ainda que tal ajuda possa ser incentivada tão somente por abatimento de impostos.
E dá-lhe campanha institucional e relações públicas.
Interesses nessa jogada todos têm. É inegável que a Amazônia é uma mina de ouro para as escusas farmacêuticas, que tem papel pra limpar até o tubo dos escusões políticos, e tem madeira até para caso o degelo se torne dilúvio e Noé construa uma arca para comportar, em classe premium, luxo ou presidencial, todos os humanos — e deixar os casais de espécies na floresta. Tudo isso é inegável, inescuso, deu na TV.
Que o Brasil é incompetente para gerir o que é "dele", também sempre dá na TV. Então que diferença faz Amazônia minha, dele ou nossa? Se o fim é o mesmo, se apenas ganho um nacionalismo tosco, e se quem ganha algo de bom já mexeu suas madeirinhas, digo, seus pauzinhos para garantir a safra de amanhã, e se mesmo se "não ganha mas deve pensar no mundo", tudo é utopia perante o papão da ganância?
Há como impedir tal economia? Vale a pena cordas vocais por isso?
Quem ama, zonia.
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