quinta-feira, 2 de agosto de 2007

B-Ocombustível

Uma nota sobre o combustível.

De um lado temos o lobby, grupo de defesa tanto dos interessados (UE, EUA, AUÊ) quanto dos políticos/empresários brasileiros — e não saberemos se realmente acreditam ou se é tudo jogo para tentar vender o produto. Eles defendem que o álcool trará benefícios ao mundo a médio e longo prazo.

Do outro, a turma do contra diz que para produzirmos o álcool verde ou os grãos destinados ao combustível, muitas terras hoje utilizadas para cultivo de alimentos-para-alimentação teriam que ser deserdadas.
  • as condições de trabalho nos canaviais não são lá muito humanas; deveríamos dizer que a escravidão voltaria com apoio dos governantes;
  • os nordestinos sabem muito bem no que as terras canavieiras se transformaram;
  • elevariam os preços dos alimentos, pois a oferta diminui e a demanda continua a mesma; com isso, a fome cresceria no mundo.
Mas o lobby diz que não.
  • que teremos fiscalização;
  • que teremos competência;
  • que o subproduto da produção serve de alimento aos animais, ou seja, o processo final se compensa e o preço permanece o mesmo; quanto à fome, a geração de emprego seria a fonte de renda responsável pelo combate.
Acho que podemos confiar, certo?

Colonialismo ressurgido versus massas abafadas. A voz do povo contra a voz dos deuses. Uma manobra que cheira queimada, assalto, crime democrático, um B-O para o biocombustível. Quem realmente ganha nesse investimento? Quem ganha essa disputa entre o Rolex e a fome? Quem será...



a próxima vítima.
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