Pergunte ao livreiro de Cabul
Hoje eu passei na Nobel e saí de lá com 4 livros:
Frankstein, R$ 6;
O retrato de Dorian Gray, R$ 6
As aventuras de Tom Sawyer, R$ 7;
Contos de Grimm — com todos eles: R$ 11.
Estão em inglês. Para treinar, sabe. Mas isso não tira o fato de que levei quatro bons livros por R$ 30. — Apesar de serem impressos em "papel de jornal", são mais agradáveis que as edições de bolso brasileiras, em papel brancão e tipologia feita pelo sobrinho estagiário, como as da Martin Claret e L&M Pocket (esta nem tão ruim quanto aquela). Papel chamequinho que, quando melhor tratado, trata-se de um livro que nem de bolso é — vide a coleção Companhia de Bolso.
Mas a questão é: se fosse em português, nacional, comprando as versões mais vagabundas, eu não os levaria por menos de R$ 80. Num sebo é capaz que consiga por R$ 40, já que Contos são um calhamaço de mais de 500 páginas.
A comparação final: o mais-vendido O Caçador de Pipas, achado entre R$ 20 e R$ 30 sem uso, seria muito mais best-seller se o preço fosse o da tradução norte-americana, a R$ 15.
O que acontece com a indústria cultural livreira-editorial, na qual o nacional é mais caro que o importado — e nem sempre em melhor qualidade?
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Frankstein, R$ 6;
O retrato de Dorian Gray, R$ 6
As aventuras de Tom Sawyer, R$ 7;
Contos de Grimm — com todos eles: R$ 11.
Estão em inglês. Para treinar, sabe. Mas isso não tira o fato de que levei quatro bons livros por R$ 30. — Apesar de serem impressos em "papel de jornal", são mais agradáveis que as edições de bolso brasileiras, em papel brancão e tipologia feita pelo sobrinho estagiário, como as da Martin Claret e L&M Pocket (esta nem tão ruim quanto aquela). Papel chamequinho que, quando melhor tratado, trata-se de um livro que nem de bolso é — vide a coleção Companhia de Bolso.
Mas a questão é: se fosse em português, nacional, comprando as versões mais vagabundas, eu não os levaria por menos de R$ 80. Num sebo é capaz que consiga por R$ 40, já que Contos são um calhamaço de mais de 500 páginas.
A comparação final: o mais-vendido O Caçador de Pipas, achado entre R$ 20 e R$ 30 sem uso, seria muito mais best-seller se o preço fosse o da tradução norte-americana, a R$ 15.
O que acontece com a indústria cultural livreira-editorial, na qual o nacional é mais caro que o importado — e nem sempre em melhor qualidade?
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