domingo, 17 de junho de 2007

Google dá-dá


Cara, essa Google, empresa sãper legal — de trabalhar, de ter uma conta, de rir com brincadeirinhas online — é mais perfeita ainda! Claro que o custo de ser tão legal, de dar tudo de graça pra você, tinha um preço. Vi neste artigo, do Alexandre Rubesam, como funciona todo o universo da empresa para datamainear nossos dados e oferecer a garantia de relevância aos anúncios que a gente vê no Orkut, no e-mail etc.

Alguns trechos.

Os neuróticos de plantão, temerosos das antiutopias Orwelianas [sou eu =)]com governos oniscientes, controladores e repressivos, já podem ficar tranqüilos. Já vivemos sob os atentos olhos do "Big Brother". Seu nome é Google e nós gostamos dele.

A receita Google, apesar de tecnicamente complexa, é simples de explicar: armazene em computadores gigantes todas as informações de quem clicou onde, quantas vezes, quando, e vindo de onde. Armazene as buscas feitas em mecanismos de busca. Armazene e-mails. Coloque tudo num grande algoritmo, programado por uma porção de nerds do mundo todo, e adicione mais supercomputadores a gosto. Pronto, a Google "organizou a informação do mundo" pra você.

Não que o conceito seja novo. Bancos e outros setores já têm usado os dados dos clientes e técnicas estatísticas para avaliar a chance de um cliente comprar ou cancelar um serviço há anos, o que resulta naquelas aprazíveis ligações da sua companhia telefônica ou do seu banco, oferecendo-lhe um serviço à la "no caso, senhor, nós vamos estar te oferecendo este produto totalmente grátis por um mês".

Implícitas neste modelo estão duas suposições. A primeira é a do consumismo: somos definidos pelo que consumimos. A segunda é a de que concordamos em deixar a Google usar nossos dados pessoais (quando você instala um aplicativo Google, há um disclaimer típico dizendo que a Google "não fornece seus dados pessoais a terceiros, a não ser da maneira descrita na política de privacidade Google").

O medo justificado de ter nossa privacidade exposta é contrabalançado por um simples fato. Se eles deixarem nossos dados caírem em mãos erradas, o modelo de negócio deles desmorona e, portanto, não é provável que isso aconteça intencionalmente. Além do que, lembre-se de que a Google invade a sua privacidade mas não conta para ninguém – afinal de contas, eles não são malvados.


É fantástico! Eles são tão legais que não consigo nem criticar! Pôxa, o que seria da minha vida sem? E, afinal, que contrato?

Mas vale a pena recomendar isto. Tem um site em inglês que fala sobre o cuidado que temos que ter com as bolinhas coloridas. Google Watch. É capaz que ele seja do próprio Google, caso um dia eles queiram vaporizar possíveis rebeldes.

Enfim. Meu e-mail é Gmail, este blog é Google, então, por favor, se quiserem comentar algo, tenham medo e me chamem pra uma cerveja. Mais tarde eu publico alguma coisa sobre o que li no Watch.

Enquanto isso... Tô de Google no senhor.
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Um comentário:

Anônimo disse...

GoogleWatch.
But who watches the GoogleWatch?

http://www.joost.com/whatsjoost.html